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FORCA DA ECONOMIA ENFRAQUECE CHINA NA NEGOCIAÇÃO DO MINÉRIO - 22/03/2010

  • Artigo
    Força da economia enfraquece China na negociação do minério
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    A cada dia que passa, a situação da China no braço de ferro que trava com as mineradoras mundiais parece ficar mais delicada. Vale notar que até alguns meses atrás, quando este assunto começou a ser tratado na imprensa, falava-se
    em aumento de 30% a 40% para o minério de ferro. Foi apenas no começo de março, no dia 5, que o Morgan Stanley comunicou que estava ampliando a previsão de reajuste de 20% para 60%.
     
    Um reajuste de 60%, agora, parece uma estimativa conservadora se forem levadas em contas as últimas notícias sobre o setor. Nesta sexta-feira, o vice-presidente da Associação do Ferro e do Aço da China (Cisa, na sigla em inglês), Luo Bingsheng,
    informou que a brasileira Vale pediu às siderúrgicas chinesas um reajuste de 90% a 100% no preço de referência para 2010, segundo informou a agência americana Dow Jones.
     
    O fato de as mineradoras estarem jogando pesado reflete, em parte, o otimismo com o crescimento da economia chinesa neste ano. Mesmo com as seguidas medidas de restrição à liquidez adotadas desde o final do ano passado para conter a inflação e a formação de bolhas de ativos, o País deve voltar neste ano a um ritmo de crescimento parecido com o anterior à crise. Nesta semana, o Banco Mundial elevou a projeção para o PIB chinês para 9,5% neste ano.
     
    Na negociação do preço do minério, porém, a força da economia chinesa acaba por enfraquecer a posição do país e suas siderúrgicas. Afinal, as mineradoras sabem que, para manter sua economia avançando celeremente, a China terá de consumir e produzir quantidades crescentes de aço e importar volumes ainda maiores de minério. A China é, disparado, o maior produtor de aço e maior consumidor de minério de ferro do mundo. Em apenas um mês, a siderurgia chinesa produz mais do que a brasileira em um ano. E é esta força exuberante que parece enfraquecer o país nas negociações.

     

    Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO

     


     
         
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